quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Vinho Novo em Odres Novos...

Quando Jesus disse ter vindo para “lançar fogo sobre a terra” (Lucas 12:49) e não para “trazer paz, mas espada” (Mateus 10:34), como falou verdadeiramente! Ele não se ajustava aos modos familiares do mundo ao qual veio. Mesmo o mais revolucionário pensamento de seu tempo não poderia contê-lo. Suas palavras e Seus modos eram transcendentemente diferentes, inquietantes, ameaçadores; não poderia haver uma síntese calada do velho e do novo, somente uma colisão descomprometida que conduziria inevitavelmente a rebelião ou rendição. Alguns viriam a gostar do novo, outros a odiá-lo.
Jesus escandalizava continuamente os chefes religiosos dos seus dias; Ele quebrou as tradições deles sobre quase tudo, incluindo a prática dos fariseus de jejuar nas segundas e quintas-feiras (Lucas 18:12). A nova mensagem que Ele ensinava teria que ser acompanhada por novos métodos de adoração. Em suas três analogias, (Mateus 9:14-17; Marcos 2:18-22 e Lucas 5:33-39), Jesus responde aos seus críticos gentilmente, mas ilustra o inevitável do conflito: como pode pano novo ser usado para remendar roupa velha? Como pode o explosivo vinho novo ser contido em velhos e inflexíveis odres?
O significado literal destas figuras apresentadas por Jesus, é de fácil compreensão, senão vejamos: remendar calça velha com remendo de brim novo faz com que o novo remendo, encolhendo mais do que a calça velha cause um rasgo maior; os odres são confeccionados com couro de cabra e utilizados para armazenagem de líquidos, quando novo, mantém a flexibilidade suficiente para não se romper por conta da fermentação natural que ocasiona o vinho recém fabricado, colocar então suco de uva em odres velhos (já esticados ao máximo) fará com que o couro se rompa quando o suco expandir durante o processo de fermentação.
O provérbio de Jesus sobre o remendo novo na roupa velha saiu facilmente de Sua própria vida; Ele não poderia ser contido dentro das velhas fórmulas e rituais dos fariseus; Ele romperia o molde! A nova mensagem que Ele ensinava teria que ser acompanhada por novos métodos de adoração. Aquele que ‘não tinha lugar para repousar sua cabeça’, não desconhecer vestes remendadas; Ele veio para refazer-nos dos pés à cabeça. Todos sabemos que se tentarmos remendar nosso velho homem com um pouquinho de ensinamento do evangelho ou sempre que tentarmos simplesmente derramar alguma espiritualidade dentro de nossas velhas vidas, o resultado será um desastre colossal, pois apenas uma reforma completa servirá, afinal o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo; isso se ajusta com a exigência de Jesus de que nasçamos de novo (João 3).
O judaísmo rabínico, com suas corrupções farisaicas, estava além da recuperação; sua atitude estava tão afastada do espírito da lei e dos profetas que o único meio de ir além dela era saindo dela. A mensagem de arrependimento e de contrição pregada por João Batista era preparatória e não permanente (Atos 18:25-26 e 19:1-5); o novo caminho de Jesus era um pano inteiro e não uma colcha de retalhos, Ele não tinha vindo para enxertar suas novas verdades no esfarrapado tecido religioso das tradições humanas e ímpias atitudes, ou para sentar-se imóvel a uma das paradas da estrada do propósito eterno de Deus; em Cristo todas as coisas teriam que ser novas (2 Coríntios 5:17).
A incredulidade judaica vigente recusou-se a renunciar aos seus caminhos tradicionais para receber a Palavra de Deus, e crucificou Jesus. Os judaizantes da igreja primitiva relutavam em deixar a lei pelo evangelho e, em seu esforço para acomodar o evangelho à lei, manobraram para rasgar e destruir tudo (Gálatas 1:6-9 e 5:3-4). A mesma disposição mental vive hoje. Velhos e ímpios caminhos, recusando a entregar a alma, nos desafiarão a acomodar o evangelho a eles ou sair. Nesses momentos precisamos correr, e não andar, para a saída mais próxima. Precisamos estar atentos a um conservadorismo tão insensato, que pensemos que o melhor modo de permanecermos firmes na fé, seja manter as coisas como estão, mais precisamos juntar as armas a bagagem e ficar prontos para uma longa jornada naqueles novos lugares onde o Senhor pretende que estejamos. O vinho novo do evangelho não é destinado a nos deixar confortáveis, mas a nos fazer novos, pois representa Jesus Cristo e os odre representam o coração do homem; desta forma, é indispensável que o homem se submeta à mudança de seu coração, substituindo o velho ruim, pelo novo excelente. Essa metamorfose se dá através do reconhecimento pessoal, arrependimento e busca do perdão por meio de Jesus Cristo.
A partir do momento que somos novas criaturas em Cristo Jesus, o Espírito Santo de Deus nos enche de gozo espiritual e na medida que vamos perseverando na fé (a cada dia melhorando como pessoa, como cristão), vamos nos tornando um vinho todo especial, sendo provado e aprovado pelo nosso Senhor, guardando em nosso coração a Palavra de Deus e retendo a alegria da salvação que há em Cristo Jesus.
Avaliemos neste dia que tipo de odre é o nosso coração, e que tipo de vinho está dentro dele. Deus oferece oportunidade através de Seu Filho Unigênito (João 3:16), para que todos nós desfrutemos da maior de todas as bênçãos que se identifica como salvação eterna. Deixemos o Espírito de Deus renovar nossas mentes.
Que no dia que se chama hoje decidamos ser odres novos com a finalidade de recebermos o vinho novo que só o Senhor tem para nós!!! Amém???
Dayene Roberta

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Saindo do Esconderijo...

“Certa noite, um pai perguntou ao filho deficiente:
- Daniel, quando percebe que Jesus está olhando para você, o que vê em seus olhos?
Depois de uma pausa, o garoto respondeu:
- Os olhos dele estão cheios de lágrimas, pai.
- Por que, Daniel? Houve uma pausa ainda mais longa.
- Porque Ele está triste.
- E por que Ele está triste? – perguntou o pai.
Daniel ficou olhando para o chão. Quando, finalmente, levantou a cabeça, seus olhos cheios de lágrimas brilhavam. Então respondeu: - Por que estou com medo!”

Não conseguimos aceitar o amor de outro ser humano quando não nos amamos, e menos ainda aceitar que Deus possa nos amar. A tristeza de Deus reside no medo que temos d’Ele, da vida, e de nós mesmos. O coração de Deus é uma ferida aberta de amor. Ele sofre muito por causa do nosso distanciamento e de nossa preocupação. Lamenta o fato de não nos aproximarmos dele. Ele se ressente de O termos esquecido. Chora por causa de nossa obsessão por grandeza e abundância. Ele anseia por nossa presença. Nosso Maravilhoso Deus não quer que seus servos se desesperem pelo fato de caírem de maneira tão freqüente e deplorável, pois nossa queda não O impede de nos amar.
Desde o princípio Deus tem nos orientado que devemos parar de nos esconder e, abertamente, nos aproximar d’Ele. Esse Deus, é o pai que correu na direção do filho pródigo quando ele voltou para casa, Ele chora por nós quando a vergonha e a falta de amor-próprio nos imobilizam. Quando ficamos apavorados por algum motivo, a primeira coisa que fazemos é nos cobrir. Adão e Eva se esconderam, e todos nós, de um jeito ou de outro, seguimos o mesmo exemplo. Por quê??? Porque não gostamos do que vemos, é desconfortável confrontar nosso “eu” verdadeiro.
Assim, tal como escravos fujões, escapamos de nossa realidade e produzimos um falso “eu” que seja admirado pela maioria, relativamente atraente e feliz apenas na superfície. Escondemos aquilo que sabemos ou sentimos ser (que pressupomos ser inaceitável ou indigno de amor) atrás de algum tipo de aparência que, esperamos, seja mais agradável. Escondemo-nos atrás de semblantes bonitos só para agradar os outros. Com o tempo, podemos até nos esquecer o que estamos escondendo e passar a acreditar que temos, de fato, a mesma aparência das máscaras que usamos. Entretanto, Deus ama quem de fato somos – quer gostemos disso ou não. Ele nos chama, como chamou Adão, para que saiamos do esconderijo; por maior que seja a quantidade de maquiagem espiritual que usemos, ela não pode nos tornar mais apresentáveis a Deus.
Muitos cristãos encontram-se derrotados pela mais psicológica das armas que Satanás usa contra nós; essa arma tem a eficácia de um míssil mortal. Seu nome??? Baixa auto-estima!!! Essa arma de Satanás provoca um sentimento visceral de inferioridade, inadequação e insignificância. Tal sentimento escraviza muitos cristãos, a despeito das maravilhosas experiências espirituais e do conhecimento da Palavra de Deus; embora compreendamos nossa condição de filhos e filhas de Deus, acabamos por permanecermos amarrados, presos a um terrível sentimento de inferioridade e acorrentados a uma profunda sensação de inutilidade. Todavia, Seu amor, que nos chamou à existência, nos motiva a deixar de nos detestar, e tomar parte de Sua verdade.
Odiar a si mesmo é o mal-estar dominante que enfraquece e sufoca nosso crescimento como cristãos no Espírito Santo de Deus. Vozes negativas da família de origem – “Você nunca vai ser nada na vida mesmo” -, o moralismo da igreja e a pressão para alcançar o sucesso transformam peregrinos cheios de expectativas a caminho da Nova Jerusalém, numa trupe desanimada, deprimida e amedrontada. Alcoolismo, compulsão pelo trabalho, comportamentos viciosos e aumento da taxa de suicídios refletem a magnitude do problema.
A maior armadilha da vida então, não é o sucesso, a popularidade ou o poder; mas a auto-rejeição. Sucesso, popularidade e poder podem representar grandes tentações, mas a capacidade de sedução que possuem tem origem no fato de comporem uma tentação mais ampla: a auto-rejeição. Quando chegamos a acreditar nas vozes que nos chamam de inúteis e indignos de amor, então o sucesso, a popularidade e o poder são facilmente percebidos como soluções atraentes. A auto-rejeição é o maior inimigo da vida espiritual, por que contradiz a voz sagrada que nos chama de “amados”.
Logo depois que alguém me acusa ou me critica, assim que sou rejeitada, deixada só, abandonada, me pego pensando: “Bem, isso mais uma vez prova que não sou ninguém”. Meu lado negativo diz: “Não tenho nada de bom, mereço ser deixada de lado, esquecida, rejeitada e abandonada”; todavia, logo em seguida Jesus diz a mim e a você, através de seus atos e feitos:
“Reconheça e aceite quem Eu quero ser para você:
um Salvador de compaixão sem limites, paciência infinita,
perdão impensável e amor que ignora os erros.
Deixe de projetar em Mim a imagem que você faz de si.
Nesse momento, sua vida é um caniço rachado, e Eu não o esmagarei;
um pavio fumegante, e Eu não o apagarei.
Você está num lugar seguro”.

Essa é a voz que eu quero ouvir!!!
E você???
Dayene Roberta

Subindo até Jerusalém...

Jesus na metade de Seu último meio ano na terra, andou do monte Hermom até o Gólgota; em Sua jornada, Ele disse aos discípulos ser-Lhe necessário subir para Jerusalém. Esse caminho que Ele fez para Jerusalém era praticamente o mesmo caminho que os filhos de Israel faziam, a fim de subir para as três festas anuais: a Páscoa, o Pentecoste e a Festa do Tabernáculo. Jerusalém refletia a Deus, por ser eleita como a cidade Santa e lá estar o Seu templo, representava o testemunho e a presença do próprio de Deus; o templo revelava a realidade interior e a cidade revelava a realidade exterior do testemunho de Deus. Biblicamente essa peregrinação é conhecida como sendo o “caminho de Sião”, e considerada espiritualmente como sendo o caminho que leva o homem à presença de Deus. A complexidade, as diversidades, e os perigos, enfrentados pelos israelitas na referida peregrinação a caminho de Jerusalém, não os demoviam do desejo de “colocar os pés dentro das portas de Jerusalém”; e quando realmente o faziam entoavam conjuntamente o Salmo 133:1: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”; dentre outros quatorze Salmos (cânticos usados para encorajamento mútuo na jornada à Jerusalém), conhecidos como “salmos dos degraus” ou “cântico de romagem”.
Os registros demonstram que os israelitas que moravam na Galiléia (norte de Israel), para atingirem Jerusalém necessitavam descer ao sul da fronteira para então cruzar para o lado leste do rio Jordão (essa rota era a mais curta, rápida e prática), entretanto esse trajeto implicaria passar pela cidade de Samaria. Considerando que, os israelitas naquela época mantinham um relacionamento conturbado com os samaritanos, eles se desviavam, cruzando para o lado leste do rio Jordão e, então, descia para o sul da fronteira localizada praticamente em Jericó; aqui vale enfatizar que enquanto Jerusalém era considerada a cidade mais alta geograficamente de Israel, Jericó confirmava-se como sendo a mais baixa (situada a 430 metros abaixo do nível do mar), não obstante serem cidades muito próximas.
Os israelitas caminhavam da região baixa para a mais elevada, em busca da presença de Deus. Tratava-se de um caminho ascendente!!! Mas a Bíblia nos fala que entre Jericó e Jerusalém, existia um vale, o Vale de Baca (Bakha’ no hebraico significa: choro, lágrimas); portanto, ir para Jerusalém a fim de buscar a Deus implicaria na paga de um preço altíssimo, pois o povo deveria descer ao lugar mais baixo, percorrer o vale de lágrimas, para então contemplar a Glória de Deus. O caminho percorrido pelos israelitas, não fora diferente do caminho do Messias Jesus Cristo (fisicamente e espiritualmente), e tão pouco destoa da realidade de nossos dias atuais. Tribulações, dificuldades, lutas e cansaço, foram às sensações vividas por eles há muitos anos atrás; todavia a vida humana também se dá em meio a muitos obstáculos e lutas. A Palavra de Deus, longe de minimizar esses fatos, nos mostra que em nossa trajetória, nem tudo serão planícies (Jericó), existirão vales (Vale de Baca); vales profundos, vales secos, vales áridos, vales ermos, vales desertos, vales de lágrimas; até atingirmos o ponto mais alto de nosso caminho: a presença de Deus (Jerusalém). De um modo particular, cada um de nós já descemos até Jericó, e já passamos, ou estamos passando, pelo vale de Baca. Para alguns, o vale da perda, o vale da traição, o vale da violência; para outros, o vale da tentação, da indiferença ou o vale da depressão; nos fazendo chorar e cansarmos no caminho, no existir.
Mas como atravessar o vale de Baca??? As Escrituras através do salmista do salmo 84 nos apresenta estratégias e mecanismos para que possamos atravessar o vale de Baca, e seguir em direção a Glória de Deus. Ele afirma que só vence o vale de lágrimas, quem já entra nele afirmando de onde vem a sua força, pois não há força humana que resista ao desprezo, à depressão, à tragédia; qualquer força humana é inferiorizada diante das adversidades que as atingem. É preciso que tenhamos Deus como fonte de nossa força (v.5); e reconheçamos que somente em Deus, podemos buscar forças para superar nossas maiores limitações, transformando-O assim em nosso Gerador-Mor, nossa Usina de vitalidade.
Já vimos quantas foram às dificuldades encontradas pelos israelitas e pelo próprio Jesus, para subirem à Jerusalém; entretanto Deus, através da história e de Sua Palavra, demonstra Seu desejo de que mudemos a geografia de nosso coração, revelandO-nos que somente é capaz de transformar o vale árido das lágrimas num manancial de bênção, aquele cuja geografia do coração já foi alterada (v.5b-6). Isto significa dizer, que somente ocorre mudanças geográficas do lado de fora da vida, aquele que já sofreu mudanças geográficas em seu coração, passando a ter um coração aplanado e sem tortuosidade. É a topografia do coração que determina a topografia
da vida, e quem traz dentro si essa geografia transformadora, é capaz de converter qualquer deserto em manancial de bênçãos.
Para os israelitas o vale de Baca fazia parte do caminho rumo a Jerusalém, mesmo trazendo tribulações, dificuldades e perigos, eles acreditavam que de fazer chegar até a presença de Deus – Jerusalém, recompensaria todos as dificuldades encontradas no caminho; eles não enxergavam o vale de lágrimas como um estancamento, um esgotamento, uma exaustão da graça de Deus. O salmo 84:11, diz: “...Senhor dá Graça...”, o que isso significa??? Graça já significa dar, “dar graça” então é graça dobrada. O vale de Baca, não estanca a Graça de Deus, pelo contrário o vale inflaciona a Graça, tornando-a do tamanho da nossa dor; ela ganha a anatomia do nosso sofrimento. De modo que quanto maior a dor, maior o derrame e o dispêndio da Graça de Deus em nossas vidas; quem tem maior percepção da grandeza da Graça de Deus na travessia das lágrimas, reconhece-O como um: Deus Amável (v.1), Desejável (v.2a), Promotor da Alegria (v.2b), Acolhedor (v.3) e Protetor (v.9).
Conscientes dessas verdades, poderemos descer até Jericó, atravessar o Vale de Baca (vale de lágrimas e dores), e finalmente subir até Jerusalém e encontrar a Grandiosa Presença de Deus, recordando-nos apenas das vicissitudes e lutas que puderam tornar o nosso vale de lágrimas, em um caminho de bênçã
o...
Dayene Roberta

Estamos nos movendo em Tabernáculos ou em Edifícios Rígidos???

Mishcan é a palavra hebraica que significa tabernáculo. O Mishcan foi construído conforme o modelo que o Senhor tinha dado a Moisés: "E me farão um santuário, para que Eu habite no meio deles. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo (mishcan), e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo os fareis" (Êxodo 25:8-9).
Quando Deus falou com Moisés, Ele usou esta palavra para referir-se ao Seu modelo de relacionamento com o homem: Mishcan; uma habitação móvel e flexível (Êxodo 40:36), capaz de ir aonde o Senhor desejar, geralmente se locomovendo em meio a incertezas climáticas e geográficas, porém tendo como sucá (tenda frágil utilizada pelos israelitas no deserto) a proteção do próprio Deus.
É um assunto para se pensar a maneira como esta nossa geração têm se movido sobre a terra a preparar o caminho do Senhor. Vivemos tempos únicos, em que o “ide” de Jesus têm se intensificado, onde a evangelização tem alcançado números nunca vistos, porém, parece que este mover na maioria das vezes, não tem nascido dentro das igrejas (templos), mas sim no coração de alguns que passam a locomover-se em tabernáculos, habitações móveis e flexíveis, leves e fáceis de carregar, de acordo com o desejo do próprio Deus.
Graças a Deus, este movimento de proclamação do evangelho pelo caminho está acontecendo novamente independente dos endereços dos templos. Muitos têm percebido mais que Jesus está próximo, que pode ser encontrado por qualquer um que dobra os seus joelhos no seu quarto. Mas ainda existem muitas instituições que procuram prender as pessoas a si proclamando teologias que prometem um evangelho light, barato e enriquecedor, dizendo que estamos vivendo na graça e que por isso podemos fazer qualquer coisa, levando muitos a um afastamento de Deus.
Precisamos reconhecer que é tempo de clamar, mesmo que seja no deserto. Somos chamados a participar desse momento de separação-santificação, não somente como igrejas-denominações. Cada cristão deve entender seu papel como habitação do Espírito, deve entender que é através dele que o mundo pode conhecer a Deus, e todos precisamos deixar o antigo paradigma de que Deus só habita nos templos, só fala pelos sacerdotes, só opera maravilhas por meio de profetas...
"Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Embora toda a terra seja minha, vós me sereis reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:5-6). Ouvir e obedecer. O povo têm recebido como nunca a visita de profetas, que hoje carregam seus lap-tops, pregam por e-mails, vestem jeans... alguns têm ouvido, voltando-se para os mandamentos do Senhor em amor, enquanto outros ainda fecham os ouvidos e esperam que Deus lhes fale por alguém vestido de pêlos, ou no máximo um terno e gravata.
Muitos têm imaginado que o "avivamento" ocorrerá dentro das igrejas, mas de acordo com o que a Palavra tem nos revelado, um forte mover já iniciou, porém, "fora" de boa parte delas. Ele se encontra nas Mishcan pelo deserto afora, tendas que estão se movendo rápida e estrategicamente (Joel 2), ou seja, você e eu!
Assim como presenciamos um sopro de restauração espiritual deslocando-se sobre Israel quando o primeiro tabernáculo começou a se locomover dentre o povo, notamos hoje no mundo inteiro um sopro de restauração. Infelizes os que ainda estão insensíveis a esse mover e estão esperando por um "avivamento" exclusivamente nos cultos feitos nos templos. As sinagogas e seus líderes também esperavam o Messias desesperadamente quando Ele estava passando ao lado delas montado em um burrinho, e os "espirituais" não perceberam. Será coincidência?!
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Dayene Roberta Alves