segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Experimentar Deus

“Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia”.
(Salmo 34:8)

Provar significa ter uma experiência sensorial com resultado imediato; nós nos relacionamos com a realidade a nossa volta, e esse relacionamento é mediado pelos sentidos físicos (tato, olfato, paladar, audição e visão), gerando em nós sensações, tais sensações quando nos agrada chamamos de boa (agradável), e quando não nos agrada chamamos ruim (desagradável).
Somente conseguimos afirmar como real aquilo que os nossos sentidos percebem, e quando os nossos sentidos percebem, nós temos uma sensação física. A realidade é apropriada pelos sentidos, e toda a apropriação mediada pelos sentidos físicos tem efeitos ou resultados imediatos. Aquilo que demora muito, para nós, tende a ser desacreditado, pois nossa natureza requer experiências que tenham efeitos instantâneos, daí concluímos que nossas experiências no mundo em que vivemos estão relacionadas e caracterizadas pelas dimensões físicas (sentidos físicos) e imediatas (resultado e efeito).
Todavia, esses dois critérios de julgamento não podem jamais se aplicar a Deus, não é nessa categoria de provar que o Rei Davi está nos convidando a provar a bondade de Deus. Nós não nos apropriamos de Deus pelos nossos sentidos físicos, a começar pelo fato de que, Deus não é matéria, Deus não tem textura, não tem densidade, não tem cheiro, não tem cor, Deus não tem temperatura.
Expressões como: sentimos a Tua presença, são apenas metáforas pois não condizem com a realidade. A presença de Deus não está ligada a sensações físicas; quantas vezes ouvimos pessoas dizerem que não experimentaram a Deus por não terem sentido arrepios, não terem chorado, por suas emoções estarem normais, e seu estado de espírito e ânimo estarem intactos, afirmando que o culto não funcionou, o pregador não funcionou, o louvor não funcionou, etc... Tudo por que carregamos para dentro experiência espiritual e para a nossa relação com Deus, a dimensão física e imediata dos acontecimentos.
O que ocorre na verdade é exatamente o contrário, diante de Deus experimentamos a perplexidade, o ruir dos nossos alicerces conceituais, o questionamento das nossas certezas, perdemos o controle das situações, o encontro com Divino passa pelo conturbado, passa pela dúvida, passa pelo vazio, passa pelo nada, passa pela solidão, passa pelo silêncio. Esse critério que utilizamos, e mensurar a bondade de Deus, àquilo que sentimos, aos resultados de Sua bondade que nos beneficiam imediatamente, nos levará a viver como aquela brincadeira de criança: bem me quer, mal me quer.
Nós não provamos e vemos que o Senhor é bom, através das nossas sensações, e nem através de nossas experiências pontuais, através das somatórias de nossos momentos. Nós provamos que Deus é bom, através de uma história caminhada, ao longo dessa caminhada não poucas vezes Deus não só não nos parece bom, como às vezes sequer aparece. Ao longo dessa caminhada experimentamos o abandono das sensações boas agradáveis, e às vezes o abandono das sensações... Basta verificarmos o texto em Mateus 27:46, que contém uma das frases dita por Jesus. Jesus experimentou em oração: angústia, agonia, solidão; entretanto, Ele sabia que Deus era bom!!! Não importa que não sintamos que Deus é bom, o que realmente precisamos fazer é saber que Deus é bom!!!!
Quantas vezes diante de uma Palavra de Deus, deixamos de nos emocionar, deixamos de sentir alguma coisa, tivemos a sensação de vazio. Quantas vezes em oração, tivemos a sensação de bater no vazio, quantas em oração fomos assaltados por dúvidas, por questionamentos; mas isso é experiência para todo aquele que se atreve a ouvir o convite a provar e ver que o Senhor é bom!!!
Diante das dúvidas, dos questionamentos, do vazio, da escuridão, do silêncio, o dia seguinte é a tentação e a sugestão de que a oração não está funcionando, não está dando certo, e o Inimigo logo tenta nos ludibriar que há algo melhor para fazer com o nosso tempo, e com a nossa vida; e aquele Deus que nós buscávamos, mas em que cuja busca não sentimos nada, pois não experimentávamos imediatamente os resultados de sua bondade, aquele Deus vai se tornando cada vez mais difuso, vai perdendo cores, e as nossas afirmações a respeito desse Deus vão se tornando cada vez mais flexibilizadas. Deus é bom? Eu acho. Tudo por que baseamos a nossa caminhada com Deus, às sensações e nas experiências imediatas da bondade de Deus, ficamos olhando para as circunstâncias e sensações...
Paulo diz, em II Coríntios 5:7: "...andamos pela fé, e não por vista". E o que é a fé???? Hebreus 11:1, temos que: "É a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que NÃO vemos...". Devemos andar com Deus, devemos provar a Deus, mas não como se Ele fosse um café instantâneo... Devemos andar com Deus por 1 ano, 5 anos, 10 anos, 25 anos, 45 anos, 100 anos... Não devemos basear nossa caminhada com Deus nas nossas sensações e nas nossas circunstâncias, devemos basear nossa caminhada com Deus naquilo que a Palavra revela que Ele é, devemos basear nas nossas consciências e valores, de acordo com o que sabemos de Deus!!!!
Devemos ordenar as prioridades das nossas vidas, de acordo com o que sabemos a respeito de Deus. Temos de obedecê-Lo contra as evidências e contra as sensações. Devemos andar com Deus para que possamos nos encontrar, lá na frente e dizermos uns aos outros o mesmo que Paulo disse: "...combati o bom combate, terminei a carreira e guardei a fé..." (II Timóteo 4:7).
Na verdade o convite feito pelo Rei da Davi, há mais de três mil anos atrás, é que venhamos ter uma experiência pessoal, particular e íntima com Deus, provando-o e constatando que Ele é bom!!! Nossa resposta ao Salmista seja: SIM, queremos prová-lo
!!! Queremos provar que o Senhor é bom!!! Que estamos dispostos a andar com Deus, contra todas as evidências, contra todas as circunstâncias, contra todas as sensações, porque sabemos que Deus é bom e a Sua a bondade e Sua misericórdia, nos seguirão todos os dias de nossas vidas, e que habitaremos na casa do Senhor para todo o sempre. A fim de que possamos dizer como Paulo: "Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (II Timóteo 1:12).
Fiquemos com essa verdade.
Dayene Roberta Alves

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quando a esperança diz: NÃO ESPERE!!!

"Abraão, contra toda a esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações,
como foi dita a seu respeito".
(Romanos 4:18)

Abraão e Sara já eram de avançada idade, corpos envelhecidos, e, portanto, era humanamente impossível que deles fossem gerados filhos, mas o Senhor lhes tinha prometido um filho (que aos olhos humanos parecia que impossível de acontecer). No entanto, diante desta desesperança evidente, Abraão continuou crendo na promessa divina - como nos mostra o Apóstolo: "Estando plenamente convencido de que Ele era Poderoso para cumprir o que havia prometido" (Romanos 4.21).
Quantas vezes nos encontramos diante de situações que - quando não nos abatem definitivamente, deixa-nos impotentes, atados e sem qualquer expectativa de solução ou saída, parecendo nos jogar contra o Deus em quem confiamos?
Quantos de nós não acreditamos estar diante do próprio fim, ou vivendo-o?
Portanto, são exatamente em momentos assim que devemos alimentar a nossa mente: como fez Abraão – alimentando-a de Deus! Só Ele está além das circunstâncias, só o Altíssimo reside no absoluto da infinitude. Só o Senhor é maior que qualquer dificuldade! Só a Sua mão é forte o suficiente para banir de nós as incertezas, só os Seus braços são suficientemente ternos para acalentar a alma mais aflita... "Esperar contra a esperança”, como fizeram Abraão e Sara, é esperar em Deus, mesmo que o mundo ria de nós! Crer incondicionalmente no Seu controle, principalmente sobre as coisas fora do nosso controle: injustiça, abandono, doença, desilusão, desemprego, tristeza, mágoa, velhice do corpo e da alma, e tudo o mais que alguns de nós temos provado - coisas que nutrem apenas a desesperança.
Eis o desafio para mim e para você!!!
Que Deus nos renove as forças, e nos abasteça de esperança!!!
Dayene Roberta Alves

Deus não faz POUPANÇA!!!

"Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,
como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?”
(Romanos 8.32)

Desde os tempos mais remotos a raça humana tenta agradar aos deuses, para que tudo lhe vá bem; que sua colheita seja abundante, que seus inimigos sejam derrotados, que sua família prospere, que a vida seja longa e boa... Infelizmente este sentimento religioso primitivo penetrou no subconsciente dos cristãos modernos; muitos realmente acreditam que precisam fazer correntes, sacrifícios, cerimônias especiais, penitências, votos ou promessas, para arrancar das mãos de Deus as bênçãos que tentam desejam.
Por mais que respeitemos estas expressões de fé ao nosso redor, temos a obrigação de levar aos até os confins da terra, essa excelente notícia: nada disso é necessário! O trecho bíblico acima afirma esta verdade e baseia-se numa lógica comparativa muito interessante: se Deus já nos deu o que tinha de maior valor, também nos dará as coisas de menor valor. Podemos resumir este ensino com esta frase: DEUS NÃO FAZ POUPANÇA!
Vejamos:
  • “Aquele que não poupou a seu próprio Filho...”
    (Se Deus nos deu o que tinha de mais precioso...)
    Adão e Eva foram expulsos do paraíso. Dentre tudo de bom que perderam, o que mais pesou foi terem perdido aquela doce intimidade que tinham com Deus. Assim como os salmões, que no fim de suas vidas voltam para morrer nos rios onde nasceram, o ser humano deseja ardentemente voltar a Deus – mas, não consegue devido à sua condição pecaminosa. Caso o Criador desejasse ter o homem ao seu lado novamente, teria que resgatá-lo pessoalmente. E foi exatamente isso que Ele fez: Ele enviou Seu Filho ao mundo, em forma humana, para nos resgatar. Foi vida por vida. Ele entregou a vida de Seu Filho Jesus naquela horrível cruz, para que nós vivêssemos para Deus. De tudo que havia de mais precioso no céu, Deus escolheu seu maior valor, isto é, Seu próprio Filho, e o entregou por nós. Ele não poupou a seu próprio Filho. DEUS NÃO FAZ POUPANÇA!

  • “...nos dará, juntamente com ele... todas as coisas”
    (...também dará juntamente com Ele todas as coisas...)
    O Apóstolo Paulo faz uma pergunta inquietante: “Se Deus nos deu o que tinha de mais precioso (Seu Filho), como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?”. A Bíblia sempre nos ensina que pessoas são infinitamente mais valiosas que coisas. Jesus, o Filho de Deus, é muito mais valioso que todas as coisas que existem, muito mais valioso que todo o universo junto. Se Deus nos deu Seu próprio FILHO, iria nos negar COISAS? Aquele que não poupou a vida do Seu próprio Filho, pouparia coisas? Quem que abre o coração e convida Jesus para entrar em sua vida, ganha não somente esta grandiosa salvação, mas, “... juntamente com Cristo” receberá das mãos de Deus “... todas as coisas”. Por isso podemos dizer: DEUS NÃO FAZ POUPANÇA!

  • “...nos dará...GRATUITAMENTE todas as coisas”
    (...e, nos dará todas as coisas gratuitamente)
    Sei que parece esquisito dizer: “... deu de graça”, pois, quem verdadeiramente dá alguma coisa, dá de graça. Apesar desta aparente redundância, mas prevendo que o homem poderia incorrer em certos erros, Deus registrou em Sua Palavra que as coisas que Ele dá, Ele dá “... gratuitamente”. Isto significa que: Deus não faz barganha com o homem. Se você já abriu seu coração para Jesus, se já creu Nele para sua salvação, não precisa ficar preocupado, pois, no devido tempo, receberá das mãos de Deus “... todas as coisas – gratuitamente”, sem necessidade qualquer intervenção nossa.


Dediquemos nossas forças e esforços noutra direção. Ao invés de ficarmos gastando horas e lágrimas tentando arrancar das mãos de Deus as coisas que precisamos, dediquemo-nos a ajudar o próximo, a visitar os enfermos, a confortar os que sofrem, a evangelizar, enfim, a expandir o reino de Deus através do amor. Creia na Palavra de Deus, pois Ele nunca mente. E a Bíblia diz: DEUS NÃO FAZ POUPANÇA!

Deus seja louvado!

Dayene Roberta Alves

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quando o Vento Sopra Contrário

“Navegamos vagarosamente por muitos dias e tivemos dificuldades para chegar a Cnido.
Não sendo possível prosseguir em nossa rota, devido aos ventos contrários, navegamos ao sul de Creta, defronte de Salmona”.
(Atos 27:7)

Há momentos em nossas vidas em que os ventos parecem ser contrários. Nada dá certo!!! Nada funciona!!! Tentamos, tentamos, mas não conseguimos nos deslocar a lugar nenhum, tudo por que os ventos nos são contrários.
Lucas também chega a essa conclusão ao narrar a viagem de Paulo, que tinha por objetivo a cidade de Roma; nada contribuía para o êxito daquela viagem. Dois anos e meio preso, jogado de um lado para o outro, a vida andando em círculos e patinando, os dias de Paulo se resumiam à vida monótona de uma cadeia; quando finalmente, parecia que tudo ia dar certo, afinal havia conseguido embarcar em um navio que estava partindo para Roma, diz o texto que os ventos voltaram a soprar contrário e a viagem de Paulo tornou-se mais um problema, mais uma dificuldade e mais uma provação.
Os últimos dias me levaram a formular algumas questões: O que fazer quando tudo parece conspirar contra a nossa vida??? O que fazer quando, por mais que tentemos, não conseguimos ir a lugar algum??? O que fazer quando em nossas vidas ‘os ventos sopram contrários’, os céus estão blindados, Deus parece estar em silêncio e o ‘nosso barquinho’ começa a ser açoitado pelas ondas da vida???
O capítulo 27 do livro de Atos, nos narra em detalhes particularidades da viagem de Paulo a Roma, e também nos fornece algumas respostas valiosas para as perguntas acima, nos dando estratégias para enfrentarmos momentos de crise:
  • Devemos reavaliar as nossas prioridades
    “No dia seguinte, sendo violentamente castigados pela tempestade, começaram a lançar fora a carga. No terceiro dia, lançaram fora, com as próprias mãos, a armação do navio. [...] Depois de terem comido até ficarem satisfeitos, aliviaram o peso do navio, atirando todo o trigo ao mar”. (Atos 27:18-19 e 38)
    Toda crise produz em nossas vidas o efeito didático de reavaliarmos as nossas prioridades. E foi exatamente isso que Paulo e seus companheiros de viagem fizeram naquele momento crítico, o texto nos diz que eles não tiveram receio de jogar fora os seus pertences. Toda crise nos obriga a reformular nossas prioridades, enxergar o que realmente é importante. Isso me leva a concluir que quando o barco de nossas vidas estiverem sendo açoitados, é hora de revermos as prioridades, é hora de jogarmos ao mar aquilo que não tem muito valor, e nos agarrar àquilo que realmente importa.
  • Devemos nos agarrar às promessas iniciais de Deus
    “...pois ontem à noite apareceu-me um anjo de Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: ‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que estão navegando com você”. (Atos 27:23-24)
    O navio estava sendo açoitado de um lado para o outro, todos estavam em desespero; entretanto, havia um que estava sereno dentro do barco. Quem era? Paulo! Paulo tinha uma promessa inicial de Deus, dita pelo Anjo que lhe aparecera na noite anterior: ele, apesar de todas as dificuldades chegaria a Roma para testemunhar de Cristo perante César. Os ventos eram impiedosos, o navio estava se partindo, mas Paulo estava sereno porque sabia que Deus jamais deixaria de cumprir as Suas promessas. Eis aqui mais uma conclusão: quando o barco de nossas vidas não estiver indo a lugar nenhum por conta dos ventos contrários, agarremo-nos às promessas de Deus, porquanto são infalíveis.
  • Devemos lembrar que Deus não promete sermos poupados DE sofrer; entretanto nos promete sermos poupados NO sofrer
    Um anjo do Senhor aparece para Paulo, consola-o e anima-o. Porém, não o saca da tempestade. Dá ânimo mas não lhe poupa do sofrer. E aqui está o nosso privilégio sem sermos crentes: Deus não nos poupa de sofrer, Deus nos poupa no sofrer!!! Não nos dá pernas ágeis para correr, nos dá ombros largos para suportar o peso da Cruz.

Quando o barquinho de nossas vidas estiver sendo açoitados pelos ventos que nos são contrários, devemos sempre nos lembrar dessas verdades que nos dão certeza de que nossas vidas estão seguras nas mãos do nosso Deus e que toda crise obedece a um propósito dentro de Seu plano eterno.

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.
(Romanos 8:28)

Fiquemos com essa verdade!!!

Dayene Roberta Alves

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Os Dois Lados da Cerca

“Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus?
Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?
A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra...;
Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto,
e a quem Deus cercou de todos os lados?".
Jó 1:10; 3:23

Jó era um homem justo, temente e integro em sua geração. E Deus o fizera extremamente próspero e rico; contudo, a história de sua vida, sofre um tremendo revés e ele perde tudo quanto possuía. Perde a sua riqueza, perde a sua família, perde a sua saúde, perde os seus amigos e por fim até a sua vontade de viver e diante da avalancha de tristeza e tumultuo que estava enfrentando pede a Deus a sua própria morte. No livro que toma o seu nome, encontramos diversas perspectivas e variados pontos de vistas, todos eles tentando explicar, dar um sentido à situação vivida por Jó.
Dentre elas temos a perspectiva da esposa de Jó, que de acordo com sua hermenêutica custo-benefício, entendia ter feito Jó um mau investimento na escolhera de "deus" errado: "Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre." (Jó 2:9). Em outras palavras ela estava dizendo: "por que continuas a honrar a esse Deus que não honrou a sua fé? Amaldiçoa esse Deus ingrato e morre". Os amigos confortadores de Jó também apresentam a sua hermenêutica dos fatos e do seu ponto de vista tentam explicar. Alguns deles dizem: "Jó, você está sofrendo por causa que você tem pecado aos olhos de Deus. Você tem sido arrogante, você não tem sido humilde o bastante para reconhecer a soberania de Deus".
Desta forma o livro de Jó está cheio de perspectivas quanto ao sofrimento de Jó, todas aquém da realidade do propósito de Deus. Mas há duas que se geminam na correta interpretação dos mesmos. A perspectiva de Satanás e do próprio Jó. Por que tudo isso estava acontecendo na vida de Jó? Do ponto de vista de ambos, é porque Deus tinha cercado a Jó e sua família com uma cerca de bênçãos através da qual, Deus estava dirigindo-o, guiando-o e protegendo-o.
Era a cerca de Deus. Porém vista de lados diferentes, de ângulos diferentes. De um lado da cerca está satanás com sua visão em relação a cerca. Do outro, está Jó com a sua visão. Ambos olham para a mesma cerca, com perspectivas distintas. Para Satanás a cerca que prendia Jó àquela realidade dolorosa, de perda, de lágrimas era a mesma cerca que o impedia de destruir a sua vida; para Jó era a cerca que o prendia, o cerceava, que lhe tirou os sonhos, que o fazia sofrer. Para Satanás era aquilo que protegia Jó de seus ataques cruéis que poderiam destruir com a vida de Jó. Aquilo que limitava Jó é a mesma coisa que o protegia.
Se essa efetivamente era a razão de tudo que aconteceu com Jó, por que ele reage tão negativamente em relação à cerca de Deus? É porque a nossa atitude em relação à cerca depende muito de nossa particular situação?
Cercas têm diferentes perspectivas. E o nosso ponto de vista da mesma depende da nossa situação pessoal. Veja que Satanás no capítulo 1, verso 10 tem percepção que há uma cerca de proteção ao redor do crente. Ele disse: "Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?". Mas quando vamos para o capítulo 3, verso 23 vemos que a cerca que na perspectiva de Satanás era um motivo de bênçãos para o patriarca, para Jó, passou a ser vista como um grande problema. Ele sentiu que ela estava apertando-o, estava restringindo-o, estava prejudicando-o: "Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados?".
Satanás sabia o valor da cerca melhor do que Jó. Ele havia circundado a cerca inteira para ver se havia um "buraco", uma brecha que ele pudesse explorar contra este homem de Deus. Mas ele não pode achar. Ele não podia atravessar para o outro lado. Essa é a visão que Satanás tinha da cerca e que Jó não estava conseguindo ter. O problema de Jó na maioria do tempo é o nosso problema também, estamos sempre olhando para o lado errado da cerca. Nós vemos a obstrução do nosso caminho, a restrição de nossos planos e de nossos sonhos, mas nós não vemos que do outro está Satanás – o diabo.
Para que lado da cerca estamos olhando? Qual perspectiva temos adotado diante dos problemas? Qual tem sido a nossa atitude em relação às cercas de provações que Deus tem colocado em nossa vida? A resposta vai depender de para que lado da cerca você está olhando. O diabo fala dessa cerca de Deus sempre com vexação e mal humor.
Devemos nos lembrar que, sempre que nos depararmos com uma cerca de problemas diante de nós, ela sempre terá dois lados. A mesma cerca que prende é a mesma que protege, que guarda. O desejo do meu coração é que não nos esqueçamos nunca de olhar para o outro lado, pois se de um lado estamos com nossa dor, nossas perdas, nossas lágrimas; do outro lado estará Satanás bufando de ira por que Deus nos cercou por todos os lados!!!
Pensemos nisto!!!

Dayene Roberta Alves

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sentimentos de Fiel Afeição que Derrubam Máscaras...

Amizade para o dicionário Aurélio é: um sentimento de fiel afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual. Graças a Deus posso dizer que tenho convivido entre amigos (poucos, mas valiosíssimos) destemidos e corajosos o suficiente para serem sinceros e honestos, amigos que possuem esclarecimentos e maturidade suficientes para perceberem algumas sutilezas da realidade da vida, amigos que não tem vergonha de falar aquilo que pensam, que não tem medo de abrir os olhos para me mostrar à verdade, amigos que não maqueiam a realidade para embelezar uma situação, tampouco coloca uma máscara que possa esconder as raízes dos problemas vitais. Quantos de nós realmente podemos agradecer a Deus por ter-nos presenteado com amigos verdadeiramente abençoados que tem edificado nossas vidas??? Eis uma grande oportunidade para refletirmos a respeito dessa questão.
É muito difícil confessarmos erros dos mais secretos, e admitirmos autos-questionamento que confrontem o nosso próprio padrão de vida; difícil enxergar certos buracos da nossa alma que há tanto tempo tapamos jogando algum material não muito profundo por cima. Reconhecer que vivemos rasamente, em contraposição a profundidade que muita das vezes pregamos. Nessas horas, conto com pessoas, que sem medo de errar, têm me ensinado com intensidade cada vez maior, que vale a pena passar por todas as dificuldades e vencê-las. Amigos que tem me ensinado que mexer em feridas, (ainda que isso atraia olhares contrariados e condenadores), faz bem à alma e dá PAZ a consciência. Basta um olhar, um comentário, um desabafo, uma colocação, uma confirmação, um questionamento, uma constatação sincera, uma pergunta, uma expressão espontânea, uma preocupação, ou uma simples percepção desses meus perspicazes amigos, para meu belo “frágil mundo” ruir, permitindo que minhas feridas ignoradas possam novamente se fazer doer.
Essas pessoas, que aprouve a Deus aproximar de mim para compartilhar da minha vida, não tem medo de me dizerem o que quer que seja; e é exatamente isso que me faz amá-las de maneira ainda mais convicta e especial. São como anjos de luz a iluminar-me pela longa jornada de volta pra casa, clareando não só à parte percorrida com os pés e o alvo do olhar atento, mas também os cantos obscuros em que se escondem meus aspectos mais subjetivos: minhas feridas, princípios que impensadamente me governam (Rm 7:15), o lado negro de mim mesma e de tudo o mais que me cerca. Dou Graças e Exalto o nome do Senhor, por ter me cercado de pessoas tão especiais....
Entretanto, ainda mais penetrante do que a opinião de amigos é o toque sobrenatural do Senhor sobre nossa alma; é o olhar de Cristo a nos fitar profundamente, revelando a nós algumas verdades que insistimos em ignorar. Ele também não esconde aquilo que nos dói, não tapa as feridas nem as faz desaparecer, mas nos convida a curá-las aos Pés da Cruz.
Num dia desses, graças ao olhar de Cristo sobre mim, e as várias conversas com meus destemidos e brilhantes amigos, dei de cara com velhos buracos, antigas feridas e alguns princípios esquecidos dentro de mim. O encontro foi doloroso e marcado por lágrimas, porém absolutamente necessário; e, certamente, menos dolorido do que a convivência que cegamente os ignorasse e fingisse desapercebê-los. Afinal, nada pode ser mais dolorido do que viver de máscaras.
Que Deus nos ajude, com Seu imenso amor e através dos AMIGOS que nos cercam, a tirar de nós as máscaras, e nos faça ter força para enxergar e viver a realidade como ela é, e transformá-la no que preciso for. A realidade que não é bela como belas são as máscaras que usamos todos os dias, mas cuja falta de beleza estética compensa-se na beleza profunda que somente a verdade pode ter, e na força com a qual apenas a transparência consegue atravessar o olhar.
Que assim seja!!!

Dayene Roberta Alves

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Ferrovia da Graça

"A vereda dos justos é uma estrada real".
(Provérbios 15:19)

Quando as estradas de ferro começaram a surgir, foi perguntado ao Czar da Rússia como gostaria que fosse construída a estrada que ligaria Moscou até São Petersburgo. O governante falou: "Deixe-me ver o mapa". Trouxeram-no para ele. "Passe-me aquela régua". Esta foi-lhe entregue. Traçando com a régua uma linha reta de cidade a cidade, ele disse: "É assim que eu quero que a estrada de ferro seja construída”. E assim ela foi feita.
Deus planejou nossa vida diretamente para seu trono. Sabemos que Jesus, o Agrimensor, esquadrinhou a nossa alma e penetrou no lugar mais sombrio e mais profundo em que nos encontrávamos. Ele limpou toda a área, aplainou a estrada e preparou o terreno para que o caminho até a presença do Paifosse repleto de paz e felicidade.
Esta viagem é agradável e cheia de atrativos. Enquanto viajamos pela ferrovia de Deus, temos a oportunidade de experimentar momentos de grande prazer e regozijo. Podemos visitar o vagão da oração, conversar com o Grande Condutor, sentir o toque de Suas mãos sobre nossos cabelos e a certezade Sua proteção em todos os momentos. Podemos seguir adiante e entrar no vagão da Palavra para um momento de fortalecimento e edificação. No vagão mais amplo ouviremos relatos e experiências que encherão nossos corações de júbilo e ainda poderemos compartilhar as maravilhas e milagres que modificaram nossos dias desde que embarcamos na ferrovia da graça do Senhor.
Um dia eu me senti perdida, desnorteada, sem saber para onde ir. Pensava que o bom emprego que tinha e o excelente salário seriam suficientes para me fazerem felizes. Estava enganada. Tinha muita coisa e ao mesmo tempo não tinha nada. Cristo me encontrou, olhou para mim e sorriu como a dizer:"Eu estou aqui para ajudá-lo". Com as poucas forças que me restava eu clamei: "Senhor, salva-me!" Ele construiu uma ferrovia ligando meu coração até Deus e traçou, em graça, todo o caminho.
E você já embarcou no trem da bênção de Deus?
Essa com certeza é o melhor embarque de nossas vidas...
Dayene Roberta

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A Dieta dos Relacionamentos

“Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor deles o anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo tinha.” (Filipenses 2:1-5)
O início de um novo ano sempre é precedido de uma agitação atípica e uma preocupação exacerbada no que respeita a obtenção da forma física ideal; dietas e regimes sempre são mencionados como os principais mecanismos para a consecução de um corpo adequado aos requisitos determinados pelo sistema deste mundo. Entretanto hoje, daremos início a um novo tipo de regimes e dietas, que visam principalmente amoldar nossa mente, coração e alma, aos moldes estipulados por Deus!!!
Imaginemos que uma nova empresa de recreação se instalasse em São Paulo, e como estratégia de marketing, como pacote inicial decidisse doar para o Tabernáculo - Jacuí, um desses Cruzeiros num belo navio, com todas as despesas pagas, parada prevista para uma Ilha deserta, com direito a acompanhante e toda a infra-estrutura para recepcionar o contemplado pela referida cortesia. Feita a doação o nosso Pr. Isaias juntamente com os oficiais do Tabernáculo, decidissem que o contemplado seria: VOCÊ!!! Considerando que, você tem direito a levar um acompanhante (excetuando parentes – cônjuges, filhos, sobrinhos, tios e etc.) nessa viagem cinematográfica; todavia, tendo como única exigência: que você levasse alguém com quem tenha um relacionamento quebrado. Essa seria então, a grande oportunidade para você restabelecer tal relacionamento!!!
Você desistiria desse Cruzeiro, do passeio a uma ilha deserta, de receber tratamento VIP e o custeio de todas as despesas, basicamente por não desejar sair com essa pessoa???

Temos em Filipenses 4:2-5:
“Evódia e Síntique, peço, por favor, que procurem viver bem uma com a outra, como irmãs na fé.
E a você, meu fiel companheiro de trabalho, peço que ajude essas duas irmãs. Pois elas, junto com Clemente e todos os outros meus companheiros, trabalharam muito para espalhar o evangelho. Os nomes deles estão no Livro da Vida, que pertence a Deus. Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria! Sejam amáveis com todos. O Senhor virá logo”.
Mas qual é a semelhança entre a história mencionada e os versículos citados??? Paulo ao aconselhar que Evódia e Síntique “procurem viver bem uma com a outra, como irmãs na fé”, está em outras palavras dizendo: se vocês não estão tendo a mesma maneira de pensar, se vocês estão passando por alguma dificuldade, se esse desconforto entre vocês está trazendo risco à igreja do Senhor; então lhes proponho um Cruzeiro, a fim de que ambas possam aproveitar tal oportunidade para definitivamente resolverem essa pendência entre vocês.
É importante sabermos que a igreja de Filipos era composta por pessoas de diversas etnias, diversas classes sociais, pessoas provenientes de diversas religiões, de variadas culturas, ponto de vistas e valores, pessoas diferentes que foram reunidas por Deus para formar a igreja de Cristo. Entretanto, não obstante tamanha diversidade, Paulo alerta-os que se não possuírem o mesmo sentimento, se esse sentimento não estiver fundamentado e alicerçado em Cristo, poderão considerar-se um grande ajuntamento de pessoas, uma poderosa e tremenda máquina de produzir resultados, uma grande e bem sucedida empresa do meio “gospel”, mas dificilmente uma igreja. Tanto para Evódia e Síntique, quanto pra mim e pra você, Paulo está dizendo que nossa compreensão acerca do verdadeiro significado ser igreja, está atrelada a realização da Dieta dos Relacionamentos, que retirará todas as impurezas das nossas vidas, impurezas essas que tentamos transferir para igreja.
Nenhum de nós gosta das gordurinhas “inconvenientes” que possuímos!!! Pode perguntar pra qualquer pessoa, que a resposta será uníssona e unânime: a gordura em excesso sempre é uma coisa indesejada. A igreja como é o Corpo de Cristo, pode também ter essas impurezas, essas gorduras indesejadas: que é o nosso orgulho!!! O orgulho de cada um de nós faz com que a igreja tenha um excesso de peso que ela não pode ter, não precisa ter, e não deve ter, por que vai torná-la um “corpo” lento, um “corpo” pesado, sem mobilidade pra desenvolver aquilo que Deus quer!!! E quando pensamos a respeito desse ponto de vista, a Dieta dos Relacionamentos implica que nós precisamos tirar essas impurezas, impurezas que afetam o funcionamento do Corpo de Cristo. Mas o que isso significa para a igreja de Cristo??? Significa que devemos subordinar ao Senhor nossos gostos, sentimentos e preferências pessoais, em detrimento do nosso ego!!! Por que muitos responderiam “não”, àquela pergunta inicial sobre viajar com uma pessoa que tivessem o relacionamento conturbado??? Por que o ego responde primeiro!!! O ego é o maior produtor de impurezas da nossa vida, e pra que ele possa se satisfazer ele precisa: se alimentar da gordura da realização dos nossos interesses; do açúcar da aparência de quem não somos e tentamos parecer!!! O ego foi o foco principal na mensagem de Paulo à Evódia e a Síntique, pois noutras palavras a orientação dele era: quebrem o seu ego!!!
Essa gordura, essas impurezas, esse açúcar a mais que vão se acumulando no Corpo de Cristo, que são nossos interesses, o nosso egoísmo somente serão retirados quando tivermos a mesma atitude em Cristo Jesus; e possuirmos a mesma atitude em Cristo implica em entender que: nós não podemos nos apegar a aquilo que somos!!! Nós precisamos deixar de alimentar o nosso ego!!! Nós precisamos abrir mão do que temos para efetivamente servir, nos submeter à vontade de Deus e abandonarmos completamente nossos interesses!!!
Todavia, a Palavra está nos dizendo que enquanto não dissermos “sim” a tal pergunta, enquanto não nos relacionarmos com àquelas que pessoas que teoricamente “são intragáveis”, não poderemos ser conhecidos como igreja, como a Igreja de Cristo!!! Afinal Deus não colocou na igreja todas as pessoas de quem teríamos afinidade, pelo contrário, tudo para que eu e você pudéssemos ser aperfeiçoados n’Ele. NINGUÉM PODE VER OS LAÇOS QUE NOS UNEM, MAS TODOS PODEM VER AS INTRIGAS QUE NOS SEPARAM!!!
A compreensão desse tratamento resulta na percepção real do termo: sentirmos o mesmo no Senhor; pois sentir o mesmo significa termos unidade no Espírito Santo e nos objetivos, e não necessariamente nos pensamentos. Só existe uma forma de sentirmos o mesmo!!! Fazendo o que Cristo fez!!! Abnegação (Filipenses 4:6-11)!!! Abnegação é a recusa em deixar que interesses ou vantagens pessoais governem o curso da nossa vida!!! Esse é o primeiro passo pra compreendermos o significado de sentir o mesmo, afinal somente conseguimos sentir o mesmo debaixo da graça de Deus!!! Não devemos medir a igreja por aquilo que queremos que ela seja, mas sim por aquilo que Deus quer que ela seja. Essa dieta dos relacionamentos restabelece a energia do Amor!!! Quanto mais gorduras e impurezas reunimos enquanto Corpo de Cristo, mesmos espaço nos sobra para desenvolvermos os músculos do Amor (João 13:35)!!!
Uma igreja não é construída pela força dos hábitos e preferência das pessoas que a freqüentam!!! Deus nos reuniu para que experimentemos a plenitude de Sua existência com a motivação que há em Cristo Jesus, exortação de amor, comunhão no Espírito, profunda afeição e compaixão!!! O mesmo sentimento não é fazer ou gostar das mesmas coisas, mas sim aceitar alguém que faz e gosta de coisas diferentes, para que um dia possamos fazer e gostar de coisas em comum (Romanos 15:7)!!!
O Corpo de Cristo, a Igreja de Cristo foi formada para nos aperfeiçoar, nos aprimorar; e não para massagear o nosso ego!!! Sua principal função é dar início ao nosso processo de lapidação!!! Somente existirá dieta do relacionamento, se diminuirmos o peso do nosso ego e maximizar nosso músculo do amor.
Eis o nosso desafio!!!
Dayene Roberta

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Qual é a sua âncora?

"Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu".
(Hebreus 6:18-19)
Dante Alighieri, em "A Divina Comédia", escreveu que à porta do Inferno estava escrito: "Perdei, ó vós que entrais, toda a Esperança". Para este poeta italiano, o desespero era a essência do inferno; Ele acreditava que a ausência de perspectiva deixa a alma encurralada num labirinto infernal. Victor Frankl, que sofreu na pele as agruras do campo de concentração, descobriu ali algo que depois se tornou muito importante em seu trabalho profissional, na condição de psiquiatra: que os judeus que nutriam alguma esperança de liberdade sobreviviam; quem não tinha esperança não aguentava o sofrimento. A constatação de Frankl só faz evidenciar a verdade de um pensamento que diz: "O homem pode viver até 40 dias sem comida, 3 dias sem água, 8 minutos sem ar, mas apenas 1 segundo sem esperança".
Se o homem não pode viver sem esperança, onde então deve busca-lá? A Bíblia responde: "Jesus é a âncora da alma! Jesus é a nossa Única Esperança!" Quando Marta se encontrou com Jesus, confessou: "Senhor, se Tu estiveras aqui meu irmão não teria morrido" (João 11:21). Paulo escreveu: "...temos posto a nossa esperança no Deus vivo que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem..." (1 Timóteo 4:10). Aos que não têm essa âncora, Paulo os menciona como "não tendo esperança, e sem Deus no mundo" (Efésios 2:12).
Todos temos dúvidas vez ou outra. Será que a vida vale mesmo a pena? Será que estou agindo corretamente? Será que esta doutrina é confiável? O exemplo bíblico mais eloqüente disso é o de Tomé. A última visão que ele provavelmente tenha tido de Jesus foi a de um homem ensagüentado, humilhado, morto e sepultado. Quando os judeus rolaram aquela pedra para a porta do túmulo, Tomé encerrou ali dentro também as suas esperanças; seus sonhos morreram com Jesus. Tudo não passou então de uma fantasia? Afinal, investira três anos de sua vida para tudo terminar assim? É preciso tentar entender as suas palavras secas e incrédulas, ditas aos companheiros quando lhe foram contar que viram Jesus redivivo: "Se eu não puder ver o sinal dos cravos nas mãos d'Ele, se não tocar ali com o meu dedo e não puser a minha mão no lado d'Ele, não acreditarei" (João 20:25b).
A dúvida assalta seu coração? Está achando que não vale a pena continuar? Lembre-se: Jesus é a âncora segura contra as ondas da dúvida!!! Algumas pessoas ancoram suas almas em refúgios falsos, o que só faz reforçar a estratégia da dúvida. Paulo escreve à Timóteo e cita uma tentação que os ricos sofrem, a de depositarem sua esperança no poder do dinheiro. O que tem de milionário infeliz neste mundo não está escrito. O que está escrito é: "Manda os ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundamente todas as coisas para delas gozarmos" (1 Timóteo 6:17).
Certa vez, li um artigo que dizia existir um quadro notável de um pintor chamado Frederick Watts; este quadro chama-se "ESPERANÇA". O autor do artigo dizia que Watts pintou uma mulher de semblante triste e desanimado, assentada no alto do globo terrestre. Suas costas estavam curvadas como se carregasse um fardo insustentável; o olhar de desespero estampava-se em seu rosto. Numa das mãos da mulher, Watts havia pintado uma lira; todavia, existia um detalhe no instrumento que o pintor desejava ressaltar: todas as cordas estavam quebrada menos uma. Tanto para os admiradores, quanto para os críticos do assunto, ao contemplar o referido quadro, sempre surgia a seguinte pergunta: "por que Watts chamou o quadro de Esperança e não "desespero"?" Entretanto logo descobriram que a resposta estava na única corda da lira que não havia se rompido. Ainda existia uma corda que não havia se quebrado!
Saibam que todas as coisas podem parecer perdidas, mas queremos dizer que Deus não permitirá que a última corda se rompa. Ao examinar a sua vida e achar que todas as esperanças estão falidas, quero desafiá-los a olhar para Jesus e vê-Lo como a Âncora de nossa esperança.
Dayene Roberta